Buba
30 novembro 2006
  MEUS QUERIDOS NETOS,


                        Rita                                Dinis


                                              Pedro

Hoje li no DN (…é todos os dias assim) a notícia de primeira página e sabem o que, sem pensar, me ocorreu? Vejam:

               

A seguir vi a primeira página do Público e sabem qual foi o comentário que, para mim mesmo, me saiu? Vejam:



QUASE?

E por ora tenho que ficar por aqui. Mas prometo que na segunda-feira venho cá continuar a falar com vocês. Até segunda, o Avô Salvador. 
24 novembro 2006
                             
Foto de Sandra e seu miúdo Caio, que está a fazer gracinhas com os olhos esbugalhados.

De: Sandra Regina Prata
Para: Salvador Prata
Enviada: Terça-feira 24/10/2006 – 20h54

Prezado Salvador, daqui do Brasil te envio meu abraço carinhoso pelo dia do teu aniversário, e desejo-te muita saúde, com inúmeros momentos de felicidade e alegria.
Sandra Prata
Em qualquer direção que percorras a alma, jamais tropeçarás em seus limites.


SANDRA.
Desculpa só agora vir agradecer-te o e-mail que me mandaste quando fiz 84 anos. Não sei o que dizer mais, quanto ao que sinto, que tu não saibas já; e haja necessidade de te dizer outra coisa que não seja: Obrigado.
Aproveito o ensejo para te contar o que, há quatro ou cinco dias, aconteceu e me intrigou: - é que, no Site Meter do Buba, apareceu, sem que nada o justificasse, um número de visitantes inusitado: mais de 1.200 num só dia, quando a média diária do meu blog, como podes ver pelo gráfico, é bastante mais modesta e praticamente sem significado.
                  
E por isso mesmo e pela surpresa, perguntei ao meu neto, que tem 33 anos e está perfeitamente actualizado (e também tem um blog individual na Net, “A Praia”, e colabora no site “5 Dias”), se percebia o que estaria a acontecer. Esclareceu-me e fiquei então a saber que o número excepcional de visitantes do “meu” Buba nada tinha afinal a ver com ele. Indirectamente porém, o incidente teve a virtude de recordar-me a falta em que estava para contigo: a de te agradecer o e-mail que me tinhas mandado há um mês por motivo do meu aniversário… E porque há muito que não falamos, deixa-me que aproveite a oportunidade para te contar um pouco do que sei, ou julgo saber e desde quando, do Brasil: não propriamente das suas belezas naturais únicas no mundo, mas das pessoas, da sua maneira de ser e da maneira diferente de viver a vida. E vou contar-te como tudo começou:
Andava eu em Letras e estava na Rás-Teparta – uma República de estudantes das mais antigas de Coimbra – era o ano de 1943 – e a certa altura, apareceu lá, um rapaz brasileiro, também estudante, que tinha vindo de visita a Portugal para conhecer a terra onde o avô tinha nascido.
Naquela altura passavam pela República, poetas, artistas, actores de teatro e do cinema, políticos, pensadores, vindos principalmente da Europa e dos Estados Unidos, que queriam conhecer Coimbra e a sua velha Universidade… O moço brasileiro era porreiro: falámos, andámos juntos, bebemos uns copos de Licor Beirão… Alinhou bem e, como era fatal, tornámo-nos amigos. E, como também não podia deixar de ser, trocámos impressões sobre a maneira como foram iniciadas e se mantiveram, tão fortes e durante tanto tempo, as relações entre portugueses e brasileiros… E gostaria de dizer-te da ideia, que desde essa altura me ficou, de que o Brasil tinha sido descoberto por acaso por um sujeito chamado Cabral que, certamente não tinha mais nada que fazer e andava a navegar… Ou talvez porque isto aqui, em Portugal, era já, nesse tempo, o que sempre foi (e continua a ser: - uma autêntica desgraça); e o Cabral, chateado – e certamente farto desta choldra – andava a navegar a ver se conseguia encontrar um sítio decente para viver… E teve sorte.
……………………………………..........
…Entretanto, o meu amigo brasileiro tinha ido à vida dele: a conhecer a terra onde o avô tinha nascido. Mas quando voltou, passados dois ou três dias, vinha triste, chateado, desiludido...
Dentro de dois ou três dias – não prometo – quando tiver um pouco mais de tempo, virei continuar a falar contigo para te dizer o que aconteceu depois entre nós, os da República, e o nosso novo amigo brasileiro que tinha descoberto Portugal e os portugueses.
Um grande abraço para ti e um beijinho para o Caio.
Do teu amigo e teu “avô”, por afinidade do apelido que nos veio ao nome, sabe-se lá de onde e desde quando… Buba. 
salvadorprata@netcabo.pt

ARCHIVES
setembro 2003 / outubro 2003 / novembro 2003 / dezembro 2003 / janeiro 2004 / fevereiro 2004 / março 2004 / abril 2004 / maio 2004 / junho 2004 / julho 2004 / agosto 2004 / outubro 2004 / dezembro 2004 / janeiro 2005 / fevereiro 2005 / março 2005 / abril 2005 / maio 2005 / junho 2005 / setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / dezembro 2005 / janeiro 2006 / março 2006 / abril 2006 / maio 2006 / junho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / junho 2007 / julho 2007 / dezembro 2007 / janeiro 2008 / fevereiro 2008 / abril 2008 / maio 2008 / junho 2008 / julho 2008 / agosto 2008 / novembro 2008 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / junho 2009 / julho 2009 / agosto 2009 / setembro 2009 /


Powered by Blogger