Buba
26 fevereiro 2005
  Carlos Quando no deserto das areias da vida onde não há caminhos alguém caminha nas nuvens sem fim sem destino sozinho perdido em sonhos de coisas que ninguém vê e de repente outro alguém lá longe o chama pelo nome como se fosse seu irmão que posso eu mais fazer que não seja retribuir o teu abraço e se me permites reproduzir no Buba o que pela qualidade me supera?

De: Carlos Gil
Para: salvador.prata@netcabo.pt
Enviado: segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005 22:42

Descobri-o há pouco (uns dias atrás; fui lá pelo link que a Madalena meteu no chora que...) e dei por mim a ler, preso à sua escrita. Foi hora e meia, fi-lo como sempre e todos, pelo mais recente e fui recuando...
É bom escrever, não é? Se é... a sua experiência é extraordinária e ser assim de pena feliz é um casamento mágico.
Mas tanta amargura que se lê... viveu e conheceu gerações, um século que conhece de fio a pavio e na primeira pessoa. E os sonhadores sempre existiram, nunca a esperança esmoreceu pois há sempre uns que disso se lembram haver falta, e berram para acordar os outros. Ânimo! E um abraço, se me permite.

Hoje voltei lá e, aqui - caro amigo do Buba..., aqui já não concordo. Não só o enredo parece-me tortuoso e sem a mínima esperança (o que reafirmo como incómodo), como a fluidez das palavras instantâneas, "a mão que voa", perde-se e o texto é uma luta entre referências que se acumulam e elaborados cenários a que o caro amigo induz, num tropel algo complicado, vírgulas para aqui, volta trás constante e, finalmente..., um abanar de cabeça dizendo - e com sincera mágoa, acrescento! que não concordamos. Paciência, é assim.... mas lá dei mais uma voltita aos baús, e assim farei noutras próximas que não tardarão.
E termino. Parabéns pelo blog, excelente; vou linká-lo na primeira investida que faça ao maldito template
19 fevereiro 2005
  O verdadeiro problema Neste momento, todos sabem qual dos dois chefes de Partido vai ser o mais votado. E também se espera que, como é costume, o Presidente, depois de conhecidos os resultados de toda esta palhaçada, se limite, sem mais, a nomear primeiro-ministro o chefe do Partido Socialista.
De seguida vai começar o folhetim em que os partidos da chamada Oposição vão tomar posições para tentar abocanhar uma parcela de poder e, entretanto, os problemas da Criança, da Juventude, das Mulheres, da Saúde, do Desemprego, da Educação, da Justiça, da Segurança Pública, da Sinistralidade Automóvel, da Fuga ao Fisco, do Tráfico de droga, do futebol… - que a governação dos dois maiores partidos, ao longo dos anos, criou aos portugueses - vão continuar a não ter solução… é fatal. E exactamente porque são os mesmos palradores, os mesmos incompetentes, os mesmos vigaristas de sempre, que vão fazer o que sempre fizeram: trafulhices, falcatruas e propaganda mentirosa, usando os enxames de marginais, alguns deles arrogantes, autoritários, fascistas, a quem agora é uso chamar de jornalistas, que, sem lei ou seja o que for que os contenha, sem respeito por nada e por ninguém, vão continuar na conquista descabelada de audiências, na ofensa ostensiva dos direitos das pessoas e no avacalhamento da Democracia.
…Entretanto o PS, quer tenha ou não a maioria absoluta, se quiser governar, terá que se entender com o PC, dono e senhor do tumor canceroso que é a Intersindical, com os seus programas de “trabalhadores polícias”, “trabalhadores juízes”, médicos, magistrados do Ministério Público, enfermeiros, e de tudo o mais quanto mexe, a fazer greves criminosas, a cortar estradas, a fechar escolas a cadeado, a apossar-se de equipamentos industriais, a sequestrar empresários e donos de empresas falidas, a protestar contra a política de direita do Governo, em suma a cumprir o projecto político do PC do Cunhal…
Antes disso, porém - embora pouco provável -, poderá levantar-se o problema do cumprimento do Artº187 nº1, da Constituição, que manda ao Presidente que, na nomeação do Primeiro Ministro, tenha em conta os resultados eleitorais… E sobre isto, anotamos: no tempo do Salazar a abstenção contava como voto a favor do Governo. Quer dizer, embora abusivo e desonesto, era dado um sentido à abstenção. Hoje, que estamos em Democracia, o que acontece a quem se abstém é ser considerado pelo sistema como se não existisse. Não aceitamos esta enormidade que, no fundo, se traduz na decapitação política dos eleitores que não aceitem como elegível nenhum dos candidatos apresentados pelos partidos.
Para além do problema da valorização da abstenção como expressão de vontade politica dos cidadãos, há ainda um outro aspecto importante do Processo Politico Em Curso que, julgo, o PSD não vai deixar passar em claro: o Presidente demitiu o Governo chefiado pelo Dr. Santana Lopes. Não obstante, o Dr. Santana, como chefe de partido, apresentou-se a sufrágio. A motivação do Presidente ao demiti-lo – admite-se em tese - pode ter sido de natureza politico-partidária. E, se assim porventura tivesse sido, teria - mesmo antes de a campanha começar - enfraquecido a posição do candidato Santana Lopes, levando a que muitos eleitores (que teriam sido os mesmos que elegeram Sampaio) fossem induzidos a pensar que, se o Presidente o demitiu de 1º Ministro, é porque de facto o Santana não presta, acabando por votar noutro candidato qualquer…
E isto, que só como mera suspeita já era desconfortável, vem o Presidente agravar, quando, durante a campanha, tece considerações a despropósito, dizendo que quer pessoas credíveis a governar… tornando assim, ao que parece, evidente a intenção de influenciar os cidadãos eleitores. O que tudo justifica que o PSD impugne o resultado que sair do acto eleitoral de amanhã, dia 20 de Fevereiro de 2005. 
17 fevereiro 2005
  Ridendo… A Virgem Maria ou Simplesmente Maria

Se eu fosse o Picasso, não pintava a Guernica, porque penso que a malvadez humana não merece que dela se guarde memória; é para esquecer. Porque, infelizmente, o ser humano é fecundo em expressões de malvadez: sempre as mesmas ou talvez cada vez mais cruéis, mais desumanas, mais requintadas… até ao inaudito de o cheiro do napalm misturado com o cheiro a carne humana queimada ser para os assassinos como o perfume inebriante do inferno.
Se eu fosse Picasso o que eu tentava pintar - e se eu fosse Miguel Ângelo tentava esculpir - era esse quadro da mulher do povo em que se entrelaçam o amor da mãe e a gargalhada do filho, quando a mulher levanta a criança nos braços acima da cabeça e simula, com a boca, uma carícia profana no sexo do filho.
Mas como não sou Picasso nem sou Miguel Ângelo, limito-me a contar a minha história de filho do povo em desvantagem com outros mais ditosos, porque minha mãe era pró fracote - não tinha leite - e eu fui alimentado mamando, sem programa, nas mamas de quem calhava – por vezes “sopeiras”, criadas de servir que então existiam, em regra raparigas fortes, sadias, generosas, habituadas a dar de mamar não só a bebés mas mesmo depois, quando os “meninos” já andavam na tropa, e para além desses, ainda e muitas vezes também davam mama em programas de assistência domiciliária a padres e seminaristas e a velhos viúvos e a deficientes (com falta de cálcio, coitadinhos) e a todos, sem IVA sem IRS e, sobretudo, sem retenção na fonte, tudo à maneira fascista, à chucha calada, sem manifestações, sem marchas, sem palavras de ordem, sem greves, não negando a ninguém uma boa mamada… até as “autoridades”, polícias e guarda republicanos, mamavam nas mamas das sopeiras como se fossem bebés… era uma maravilha… Ah, grande Ditadura!... Tudo o que é bom se acaba... Hoje só mamam os políticos nas tetas do povo… E, quanto ao povo, sugado de todas as maneiras - e não havendo já sopeiras (são todas técnicas: falam falam, falam falam…) -, passou a mamar na ponta dum corno. 
  Da mulher DE AMOR E DE SOFRIMENTO SÃO OS ACTOS DE PARIR E ABORTAR

I
À volta da mãe, sussurros, semblantes sombrios, concentrados.
Olhar enevoado a olhar o filho, talvez já sem o ver.
A morte, ela sabia ia, sem pressa, esperar a hora de levá-lo.
Terminada que fosse a contagem decrescente
Que para ela, ela sabia, a contagem tinha acabado já.

II
... Precisamente à mesma hora mas em lugar diferente...
Mas não havia gente. Só havia a mãe Que lutava sozinha a arrancar dela o filho
A esvair-se em sangue E a olhá-lo com raiva, com ódio... e com amor.
Ensopado em sofrimento.
A morte estava lá também e sorria docemente.
E tomou-o da mãe, E levou-o com ela, Para
o outro lado do mundo, em que tudo era diferente:
Onde não havia pretos Nem havia brancos Não havia ricos
Nem havia pobres Não havia maus Nem havia bons Nem havia homens
SÓ HAVIA GENTE. 
14 fevereiro 2005
  Irmã Lúcia A democracia não é só tentar ajudar os que não têm pão, não têm abrigo… É também não esquecer as jovens, as mulheres que a sociedade deixa entregues à sua sorte sem direito à liberdade. Que o Estado e todos nós não visitamos nas suas celas onde cumprem penas por crimes que não fizeram; nós que choramos os que o Bush mantém a ferros como res nulius em Guantánamo, mas que nem sequer nos lembramos das mulheres que há séculos jazem, quase desde que nascem até que morrem, amordaçadas, reclusas, como animais em curros, nos conventos, as clausuras da igreja à margem da lei de Deus, cativas pelos votos das leis da Santa Madre Igreja.
Como é que num Estado de Direito se permite que uma delas, já mulher, seja imitada por Mário Viegas (puxava o casaco preto para a cabeça, punha uns óculos redondos, super-graduados, e começava a babar-se)… foi o que li algures, não me recordo nem quero recordar onde…
A irmã Lúcia, ao contrário da chacota democrática e anticlerical, primária, teria sido digna de respeito porque terá vivido sempre, e logo desde quando era ainda uma criança, encarcerada, sem que alguma vez lhe tivesse sido reconhecido o direito de viver como qualquer pessoa normal: a cumprir pena sem crime, sem ter sido julgada, desde cedo, encarcerada, incomunicável e sem direito, sequer, a saídas periódicas, como as que são concedidas aos reclusos bem comportados.
Suposta depositária de um “segredo” que, não podia revelar, penso no que para ela e para mim também era certamente outro segredo: como é possível que cidadãos do meu país, residentes em território nacional, sejam sujeitos passivos de normas de direito de Estados estrangeiros, restritivas dos seus direitos fundamentais. E por fim outro segredo ainda talvez o maior: Como foi possível ao movimento político militar português de "libertação" selectiva das colónias (com excepção dos Açores e da Madeira, e de Macau, a que os chineses se opuseram) rasgar as leis constitucionais portuguesas e entretanto permitir que a Igreja continuasse a actuar no Portugal de Abril como se fosse um baldio ou território do estado do Vaticano?
Em certas partes do mundo, o homem mutila fisicamente as mulheres. A Igreja católica também as mutila de forma mais bárbara, mais cruel, canonicamente; é mais radical: proíbe-lhes o prazer que identifica com o pecado, e condena as pecadoras às penas do inferno, mesmo depois de mortas. Que Igreja é esta, diabólica, que impõe livremente os seus delírios desumanos, perante a impassibilidade do Estado? Como é possível, no século XXI, no território dum Estado de Direito, existirem mulheres acorrentadas por “votos” fundamentalistas impostos por legislação estrangeira, violadora de direitos fundamentais dos cidadãos, sem que o Estado verifique sequer se os votos foram livremente assumidos e isentos de vícios na formação da vontade? E se, ao longo da vida, a situação de capitis diminutio se manteve livremente assumida, ou se freira desejou entretanto libertar-se do juramento, embora sujeitando-se às penas do inferno impostas pela Santa Madre Igreja?
Ou será que é aceite e legalmente reconhecido pela Constituição do Estado Português como acto válido que um cidadão português renuncie aos seus direitos fundamentais? Ainda que de tal compromisso - o dos votos - resulte a sujeição de mulheres, cidadãs portuguesas, à condição de servas do Senhor, semelhante à condição das servas da gleba no medievo e sujeitas a algo semelhante ao direito de pernada?

Julgo que a irmã Lúcia devia ter sido mais digna de respeito e tomada como exemplo do nosso consabido défice colectivo de responsabilidade democrática e de falta de vergonha. O Estado, que somos nós todos, tinha obrigação de assegurar as condições para que, em território nacional, as freiras, embora com os seus hábitos e profissão de fé, continuassem a ser livres em vez de jazer cativas, castradas, incomunicáveis à margem da lei. Nos conventos, como os prisioneiros em Guantánamo. 
  No quartel, deitados de costas, lado a lado, cada um em sua cama, fardados mas descalços, eu e o Árias aproveitávamos o intervalo do almoço para descansar um bocado e recuperar dos esforços da manhã.
Em 1945, fazer uma recruta num regimento de cavalaria e, sobretudo, nos esquadrões a cavalo, era um trabalho muito duro…
Entre as duas camas do quarto do quartel que nos fora atribuído, estava sentado, num pequeno banco, o nosso “impedido” um rapaz do povo, simples, semi-analfabeto que, entretanto, vagarosamente, nos ia engraxando as botas de montar e limpando as esporas dos novelos de pêlos empapados em sangue arrancados às virilhas dos cavalos.
O meu companheiro de quarto, o Árias, era, como eu, miliciano e por acaso também meu antigo colega de turma no liceu. Estava calado, de olhos fechados, sem se mexer. Por minha parte, tinha resolvido aproveitar o intervalo da instrução para, antes de voltar ao sol ardente da parada, escrever uma carta (cujo rascunho hoje me veio às mãos enquanto procurava outros papeis) para a rapariga que é hoje a minha mulher e desde há quase seis dezenas de anos.
À data, estávamos separados e sem nos vermos há largos meses, vivendo ela, por imposição camiliana do pai, numa aldeia serrana no interior do país para onde ele a tinha levado, por razões que a vida foi tecendo e sem que alguma vez eu e ela tivéssemos chegado a perceber bem porquê.
O nosso caso não era de um vulgar namoro, era um caso de amor que a separação não tinha sido, nem foi depois, capaz de fazer desaparecer.…
A maioridade era nesse tempo aos 21 anos, que ela só completou em 3 de Novembro de 1948, tendo então regressado a Lisboa. Casámos em Dezembro seguinte no dia 23.
O rascunho da carta inacabada que agora vou ler é a que naquela tarde comecei a escrever, embora na certeza antecipada de que se a enviasse seria mandada interceptar e ela nunca iria recebê-la. Começava assim:

“Minha querida, continuo só. Só contigo na minha alma, no meu coração. Cada hora, cada minuto, cada momento que o tempo tira ao tempo que falta para me levar junto de ti, é uma bênção de Deus, um bálsamo divino a tornar mais suportável a pena enorme da nossa separação…”

“O que é que estás a escrever?”, perguntou o Árias, sem me olhar. "Estou a escrever à Ilda…"
O Árias era um rapaz muito especial e meu amigo. Conhecia o meu caso, adorava o teatro e a Lalande, e recitava o Régio como ninguém…
O impedido, enquanto vagarosamente ia fazendo o seu trabalho, e sem que tivesse sido chamado à conversa, aproveitou a pausa e disse: “Também queria escrever à minha, mas não sei o que é que lhe hei-de escrever.”
O Árias continuou deitado de costas, os olhos abertos, parados talvez a sonhar o seu próprio sonho. Depois disse: "diz-lhe assim", e começou a dizer, como se estivesse a recitar, a mais bela e pungente declaração de amor que eu ouvi em toda a minha vida… E de repente, como se tivesse acordado, calou-se. Falando para o impedido, sem olhar para ele, perguntou-lhe: "Percebeste?"
O impedido, sem interromper o seu trabalho e sem sequer levantar os olhos, encolheu imperceptivelmente os ombros e, soltando a fala, como se fosse um grunhido, disse: "Hum!.. eu quero é fodê-la." E calou-se.

Não foi por lhe querer tanto que fiz a Ilda mais feliz. Que amando-a muito nem sequer nunca fui capaz de lhe ler esta “confissão” que escrevi num papel que guardei, sem saber onde, durante quase 60 anos e que, por vergonha, nunca lhe mostrei. E era só agora que ela, sem que o sonhasse, sentada de costas para mim em frente do computador, ia escrever o que eu ia ditar, encabulado, e ela ia ouvir, pela primeira vez, a declaração de amor que olhos nos olhos nunca tive coragem de lhe ler.
Mas, apesar de desejar fazê-lo, não consegui. E só agora, neste post, lhe vou dizer, antes de morrer, e ela finalmente vai ler, o que eu sentia e continuo a sentir por ela, a quem só dei desilusões, e o que escrevi, torturado, num dia de calor infernal no quarto dum quartel há quase 60 anos… enquanto ela, sem nunca se queixar, renunciou depois à própria vida, que dedicou inteiramente às filhas, aos netos e à minha incomensurável estupidez. E sem que eu ou alguém, alguma vez, tivesse tido uma única palavra para lhe agradecer.

…Embora não tenha medo de morrer, e até por vezes o tenha desejado, estou preocupado com o que irá acontecer depois. Eu sei que para a Ilda, as minhas filhas, netos e bisnetos, a vida vai continuar sem que eu lhes faça falta nenhuma…
Porém, e embora sabendo isso como sei, mesmo depois de morto, vou continuar preocupado, sempre com medo que algum mal lhes possa acontecer, aflito por não poder estar junto deles para ajudá-los, defendê-los.

Hoje é dia de S. Valentim, dia dos que amam, dia dos namorados. E é também Dia Europeu da disfunção eréctil, dia dos que fazem amor, dia dos javardos, descendentes directos do impedido de Lanceiros 2. E amanhã é, pela graças de Deus e da santa devoção do Portas e do Santana Lopes, dia de luto nacional. Pelo falecimento da irmã Lúcia. Donde que não resista a que a seguir vá escrever outro post sobre essa santa mulher que a Igreja – talvez prevenindo casos destes - não permitiu que os parisse, aos dois, que, ovelhinhas tão devotas e tementes a Deus, bem o mereciam. 
salvadorprata@netcabo.pt

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